terça-feira, 25 de novembro de 2014

UMA PERGUNTA INQUIETANTE



Faz bem o meu colega de blogue em querer regressar aos grandes temas, aos temas que interessam, e deixar este ambiente depressivo em que uma sucessão de acontecimentos até à prisão preventiva de Sócrates e todo o circo das aberrações mediáticas por ela suscitadas nos tem enredado. É de facto tempo de recuperar a sanidade e respirar, simplesmente respirar.
Mas não é fácil. A prova é que, em ambiente de fim-de-tarde propício a pesquisas que nos trouxessem mais peito e melhor ar para respirar, eis que dou com uma pergunta inquietante do Embaixador Francisco Seixas da Costa no Económico on line. O Embaixador não é um comentador qualquer. A interrogação de Seixas da Costa trabalha do ponto de vista da reputação do país os acontecimentos que vão desde a ruína fraudulenta do BES-GES, a implosão da PT como desejada empresa global para o mundo da lusofonia, os malefícios dos visas de soberania até à prisão preventiva de Sócrates. E perante tudo isto coloca a seguinte inquietante questão: “Se, apesar do efeito reputacional destes eventos, o país não se afundar perante o mundo, só uma conclusão é legítimo tirar: já não somos nós que nos sustentamos perante o mundo, é apenas a nossa irrelevância no jogo global que nem sequer nos permite sermos sujeitos da nossa própria crise. Porventura, é melhor assim.”
Ares bem depressivos nos traz o Embaixador. Terei de procurar referências menos pesadas.

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