O meu ponto não é hoje o de discutir aqui da bondade dos tão governamentalmente propagandeados vistos gold. Sendo que, apesar de também nesta matéria o diabo se esconde nos detalhes, a evidência aponta para que o respetivo balanço, nestes dois anos, não pareça dourado: quase mil e cem milhões de euros captados, mais de 90% dos quais aplicados em imobiliário, 1775 autorizações de residência concedidas, mais de 80% das quais a cidadãos chineses, apenas 3 vistos (0,17% do total) associados à criação de pelo menos 10 postos de trabalho.
Mas o meu ponto é outro: o da crescente e quase quotidiana, da variada e quase criativa, da verdadeiramente avassaladora sucessão de incidentes e casos de corrupção que se tem abatido sobre a nossa Ibéria. O que duas vinhetas recentes glosaram de modo brilhante, a de El Roto assinalando a subida do nível das águas corrompidas e a Farrugo alertando para a insólita sensação de déjà vu e indiferença que vai invadindo os cidadãos...
(Andrés Rábago García, “El Roto”,
http://elpais.com)
(Farrugo, http://www.eleconomista.es)
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