sexta-feira, 14 de novembro de 2014

ENVELHECIMENTO E EMPREENDEDORISMO


O gráfico acima dá conta, de forma extremamente clara, de um dos grandes problemas estruturais da economia mundial: o envelhecimento populacional e o correspondente aumento, a um ritmo que se prevê explosivo até meados do século, do chamado “rácio de dependência dos idosos” (i.e., da relação percentual entre o número de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e o número de pessoas em idade adulta e até aos 64 anos). Com efeito, e a crer nesta projeção das Nações Unidas, mais que duplicará até 2050 o peso do número de idosos (socialmente a cargo, na generalidade), chegando a atingir naquela data uma média de um idoso por cada quatro indivíduos em idade de trabalhar. Um problema bicudíssimo, embora também um problema que tem por base a boa razão do prolongamento da longevidade à escala global.

Ponto parágrafo. Ora então não é que, numa das minhas leituras circunstanciais de voo, me deparei com um business case potencialmente brilhante? A saber: à luz de um cruzamento entre a aparente irreversibilidade daquela tendência demográfica e a urgente necessidade de boas ideias para hipoteticamente forjar soluções para a falta de empregabilidade nas sociedades atuais com base em pequenas iniciativas empresariais, não seria inteligente repensar o modelo de negócio associado às salas de cinema por forma a adequá-lo à terceira idade? Com pausa para xixi de meia em meia hora, segunda sessão gratuita e com som mais alto, legendagem XXL e demais inovações que queiram acrescentar (no Arrábida já oferecem um cafezinho)...

(Kamagurka, http://www.levif.be)

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