quinta-feira, 13 de novembro de 2014

PRINCESA OU IMPERATRIZ?


Por cá, não se fala de outra coisa que não dela. Ela que alegadamente estará “a fazer o que nenhum capitalista português teve músculo e vontade para gizar”, ela que “merece uma saúde”, ela que “é lusófona”, ela que “já ganhou”. Ela que até já conseguiu pôr Nicolau Santos a escrever o seguinte: “Os brasileiros tramaram-nos. Agora é Isabel dos Santos que os trama. Estamos vingados”!

Entretanto, a opinião pública internacional ganha crescente consciência do que por cá vai tristemente ocorrendo. Vejam-se, a título de bons exemplos, as peças ontem publicadas sobre “o apetite português da ‘princesa’ angolana” no “Le Monde” ou sobre “a imperatriz de Portugal” no “El País” (ver acima).

Posso até conceder que a filha do primeiro casamento de Zé-Du (José Eduardo dos Santos) com Tatiana Kukanova, nascida a 20 de abril de 1973 em Baku (Azerbeijão), tem sabido gerir com inteligência e sentido estratégico o capital que de algum modo lhe foi posto sob gestão (digamos assim) e que assim transformou numa verdadeira “fortuna”. Mas passar daí à confusão entre os seus interesses empresariais (ver abaixo uma esclarecedora infografia sobre a matéria) e eventuais interesses portugueses na defesa da PT ou – pior ainda! – à sua quase santificação por serviços prestados ou a manifestações de servil gratidão pelas benfeitorias que Angola nos tem querido fazer, isso já será demais. E o que é demais é moléstia!

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