quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

NOTÍCIAS DA REPÚBLICA HELÉNICA (II)


O que quer que o futuro lhes e nos reserve, as capas dos jornais gregos de hoje não deixam de assinalar um momento histórico: em plena Europa, uma vitória nas urnas de uma coligação de partidos tidos por não muito ideologicamente alinhados com a democracia na sua estrita expressão tradicional. O resto foram ainda apenas sinais desencontrados, entre a eficiente formação de um governo pequeno e de coligação com a direita nacionalista, um primeiro-ministro que chega à posse a pé e sem gravata (soixante-huitard, Augusto?) e membros do governo que prestam diferentes juramentos (só civil uns, também religioso outros), a assunção de uma homenagem formal às vítimas do nazismo e anúncios de decisões/posições polémicas (aumento do salário mínimo, reposição de eletricidade gratuita para alguns cidadãos e anulação de privatizações, no plano interno, e manifestações de distância em relação a um endurecimento da União Europeia contra a Rússia, no plano externo). Se verá, não sendo de todo de excluir a possibilidade de a esquerda democrática e socialista vir a tornar-se um agente ativo na abertura de portas indesejáveis ou até aterradoras...

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