Em véspera de dia de reflexão no processo eleitoral em curso na Grécia, aqui quero deixar um pequeno contributo para essa introspeção cidadã (com a devida vénia ao autor, Eric Dor, já aqui referido em post de anteontem). Que os gregos meramente constatem a evolução da exposição, ao longo destes anos de crise, dos bancos alemães (como dos europeus em geral, aliás) ao seu setor público – em números redondos, à volta de 15 mil milhões de euros em finais de 2010 e apenas 181 milhões aos dias de hoje! – e possam daí partir para a compreensão da verdadeira lógica do capitalismo e da cadeia de comando a que obedece o capitalismo europeu, para a perceção da real medida da tão proclamada solidariedade comunitária, para a razão última do tanto que lhes foi imposto e, finalmente, para a manifestação nas urnas da revolta que legitimamente sentem. No que me toca, e vendo de longe mas tendo a noção do perto, pasmo em pensar a Europa de hoje como nunca pensei pensá-la...
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