Escrevo quando, na feliz expressão do El Mundo, o SYRIZA acaricia a maioria absoluta, provavelmente sem a possuir, veremos.
Mas, de qualquer modo, isso é o que menos
importa, já que a série de conflitos, compromissos, cedências, reações e contrarreações,
derivas, adaptações de contratos e tratados irão desencadear um processo impossível
de prever na sua configuração final de resultados. O que importa é que os Gregos
decidiram em função do seu contexto de alternativas e não em função da mais
despudorada tentativa de condicionamento político da luta eleitoral. Uma decisão
democrática é sempre clarificadora e afirma o primado do político. E o que
fundamentalmente me interessa, para além do efeito exógeno na condução do
processo europeu e na navegação da imperfeita embarcação do euro é a influência
de uma vitória política do contrassistema na evolução da força relativa dos
campos de pensamento económico que hoje se confrontam na cena europeia e
mundial.
A vitória do SYRIZA sela a primeira disputa
democrática após o fracasso das políticas de ajustamento e a grande questão é a
de saber se se trata de um efeito-Grécia, exclusivo e isolado, ou se pelo contrário
fará um percurso de consequências sucessivas, a começar claramente pelo futuro
eleitoral espanhol.
Para tentar compreender a trajetória futura do SYRIZA vou ocupar este fim de noite lendo a entrevista que James Galbraith deu nos últimos dias a Roger Strassbourg, na sua qualidade de conhecedor e próximo de Tsipras, que Mark Thoma no Economist's View nos proporcionou com a acutilância de informação que o caracteriza.
Para tentar compreender a trajetória futura do SYRIZA vou ocupar este fim de noite lendo a entrevista que James Galbraith deu nos últimos dias a Roger Strassbourg, na sua qualidade de conhecedor e próximo de Tsipras, que Mark Thoma no Economist's View nos proporcionou com a acutilância de informação que o caracteriza.
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