Há que reconhecer que o blogue de Paul Krugman no
New York Times é hoje mais uma frente de combate político no espaço das ideias
nos EUA do que propriamente uma frente de divulgação de investigação que o próprio
realiza. Trata-se de um importante elemento de contextualização da leitura que
podemos fazer desta coluna de grande audiência interna e mundial, o que não
significa recusar a sua importância.
É o caso dos dois gráficos de grande efeito visual ontem propostos por Krugman, os quais descrevem o comportamento da
despesa pública primária (sem juros) prevista pelo programa da Troika e
efetivamente realizada, bem como idêntico confronto para o comportamento do PIB.
Em ambos os casos pode ser observada o “rigoroso”
sentido de previsão do programa de ajustamento, tanto mais grave quanto se sabe
que estão aqui envolvidos casos graves de degradação social.
Já para não falar como o próprio Krugman o
assinala da diferença entre a previsão da taxa de desemprego (15%) e o valor
que chegou a concretizar-se (28%).
Por isso chamo a estes gráficos os gráficos da
ira e que representam simbolicamente a mudança que potenciou a afirmação do
SYRIZA.
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