A vida está constantemente a pregar-nos destas partidas de gosto mais do que duvidoso! Então a gente volta costas, atravessa o Atlântico e quando volta já não andam por aí alguns daqueles poucos que tinham os duplos e raros vícios de pensar e de o fazer livremente e fora da caixa. Com Ulrich Beck – a quem aqui me referi em posts de 28/02/12, 05/03/13 e 05/04/14 – desaparece, prematuramente (70 anos) embora de modo natural (enfarte), um grande intelectual de cujo contributo muito ainda havia a esperar nesta União Europeia à deriva, ele que tão lucidamente soubera teorizar a “sociedade de risco”, as mutações do Estado-Nação, o cosmopolitismo, a “Europa alemã” e a crise europeia; com Bernard Maris – a quem aqui me referi em posts de 23/07/14 e 19/08/14 – desaparece, prematuramente (68 anos) mas de modo brutal (atentado do “Charlie Hebdo”), um jornalista/economista independente e estimulante pelo caráter pluridisciplinar e multifacetado das reflexões que sempre lograva propor. Que mais nos resta senão recuperar/honrar os seus legados, procurando seguir construtiva e firmemente por esses cada vez mais tortuosos caminhos?
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