(reproduzido de HSBC em http://ftalphaville.ft.com)
Acima, uma nova e recente medida da dimensão dos grandes blocos económicos mundiais em termos do seu poder de compra internacional (PIB em dólares). Mais do que o registo das continuadas lideranças americana (primeiro) e europeia (depois) ou até do peso da China na economia mundial (11%), chamo a atenção no gráfico para a comparação dos retângulos pretos (ano 2000) com os vermelhos (ano 2014): um início do século XXI em que a tríade dominadora do último quartel do século XX perde invariavelmente posições em favor da China, da restante Ásia emergente e do Resto do Mundo em geral, eis o que está verdadeiramente em causa.
Sugiro dois exercícios adicionalmente comprovativos de grandes tendências em curso: (i) some-se a China à restante Ásia (mesmo sem incluir o Japão) e veja-se como a liderança americana (valendo hoje ainda uns 22% do total mundial mas vinda de 31% há escassa década e meia) passa a ficar em manifesta periclitância; (ii) somem-se China, Japão e os restantes países da Ásia e constate-se quanto o futuro passará inexoravelmente pelo continente asiático.
Abaixo, e reportando mais especificamente o que nos espera neste ano de 2015, os incrementos que surgem projetados em termos da procura global de importações evidenciam clara e simultaneamente o gigantesco impacto que provirá da dinâmica económica associada ao conjunto dos países emergentes, o marcado declínio das posições detidas pelos países ditos desenvolvidos (EUA, Europa e Japão) no consumo mundial e a definitiva afirmação da Ásia emergente nesse mesmo quadro (apesar de uma China a dar sinais de uma evolução macroeconómica tendencialmente deflacionista).
Como muito pertinentemente concluem Frederic Neumann e os restantes coautores do relatório do HSBC aqui citado: the world needs Asia to hold up...
(reproduzido de HSBC em http://ftalphaville.ft.com)
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