(Hassan Bleibel, http://www.cartoonmovement.com)
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Realiza-se hoje a Cimeira de Teerão, na qual os líderes russo, iraniano e turco decidirão o desastre final anunciado para a complexa situação que se vive na Síria e que, de forma cirúrgica e alheia a qualquer dimensão humanitária, tem vindo a ser gerida por Bachar Al-Assad e pelos seus aliados em geometria variável. A ofensiva final, esperada a todo o momento (vejam-se abaixo os elucidativos títulos e o mapa enquadrador publicados pelo “Le Monde”, este último complementado por um outro da “The Economist”), foca-se na província de Iblid no noroeste do país, último enclave dos rebeldes e dos terroristas radicais e onde se abrigam cerca de três mil civis (sendo mil deslocados). Com os EUA deliberadamente colocados fora de jogo, a Turquia em situação consabidamente difícil e a UE a persistir no seu inconsequente divisionismo, estão criadas as condições perfeitas para a Rússia emergir numa exibição majestosa do seu poder dominador na referida arbitragem regional. Tudo será péssimo, pois, no desenlace deste horrível dossiê: além do incontornável reconhecimento de uma vitória russa em toda a linha, assistiremos a uma reconstrução e transição política da Síria sob o comando de um sanguinário e teremos mais um pacote de refugiados a exercer adicional e inevitável pressão sobre uma Europa em estado de saturação visivelmente insustentável. Adivinhem quem vai apanhar os cacos?
(Rainer Hachfeld, http://www.cartoonmovement.com)
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