(Lucília Gago, nova Procuradora-Geral da República)
(Sem azedume e conflito de interesses, devo dizer que a
recondução de Joana Marques Vidal não me chocaria. Mas a decisão aparentemente concertada entre
Costa e Marcelo de propor uma nova personalidade traz nova luz à dimensão da cooperação
estratégica e institucional entre os dois líderes.)
Repito que não
me chocaria a recondução de Joana Marques Vidal. Compreendo também a tese do
mandato longo e único. Apenas considero que se deveria ser mais claro no
preceito constitucional para não dar azo a estas falsas controvérsias.
A decisão de
propor uma nova personalidade para a Procuradoria estará certamente a provocar
muita azia entre quem investiu politicamente (e fortemente diga-se) na manutenção
do nome de JMV, associando à sua substituição terríveis cenários de manipulação.
Imagino que os índices de animosidade na direita portuguesa quanto a Marcelo Rebelo
de Sousa estarão no seu auge. Tomando como certo que a decisão foi concertada e
cooptada entre as duas personalidades, aqui temos uma das mais avançadas formas
de cooperação entre as duas lideranças, não num assunto inócuo, mas antes numa
matéria de grande delicadeza política e que colocará certamente a nova Procuradora
num foco de escrutínio comparativo.
Friamente,
Francisca van Dunem, que muito aprecio como pessoa e estilo ministerial, sai
reforçada de tudo isto, pois foi a primeira a lançar a sua opinião.
Mas ainda se
conclui que António Costa deve invocar os céus pelo Presidente da República que
lhe ofereceram. Não sei se Costa terá alguma vez praticado vela. Mas a verdade é
que revela uma gtrande sagacidade para aproveitamento dos ventos favoráveis.
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