A Suécia também não escapou à vaga extremista de direita. Enquanto os dois grandes partidos democráticos perdem 26 lugares no Parlamento (12 à esquerda social-democrata e 14 à direita moderada), os “Democratas Suecos” de Jimmie Åkesson ganham 13 e tornam-se decisivos para a formação de uma qualquer maioria estável que não passe por uma improvável rotura entre os quatro partidos aliados da direita democrática (Moderados, Centristas, Democratas Cristãos e Liberais, em conjunto ganhadores líquidos de dois assentos contra os quinze líquidos perdidos pelas três esquerdas no seu total) ou por uma espécie de “grande coligação” em que os social-democratas aceitem prescindir de exercer a liderança. Em qualquer dos casos, o partido individualmente mais penalizado – os Moderados de Ulf Kristersson – poderá vir a ser o premiado com a função primo-ministerial, o que não deixará de ter o seu lado especialmente injusto e bastante caricato. Apenas mais um episódio de uma Europa tomada por um inconsistente processo de desconstrução.
(Magnus Bard, https://www.dn.se)
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