Continuo a não resistir a uma atenta e detalhada observância dos sinais que vão sendo emitidos a propósito do dossiê Brexit. Isto muito para além das circunstâncias conjunturais do processo negocial em curso e antes apontando sobretudo às perceções associadas às suas consequências na política, na economia e na sociedade britânicas e, necessariamente também, a nível da União Europeia.
Por estes dias, os principais apontamentos a registar (Labour à parte, porque isso é toda uma outra e mais complexa história de erros acumulados e divisionismo desgovernado) provêm da crescente descredibilização da Senhora May (remetida a um isolamento e a uma agonia política que vai procurando contrariar com o que lhe vai vindo à mão, tendo o seu último balão de oxigénio sido as declarações de Barnier quanto a um admissível fecho das negociações em dois meses), das divisões internas aos conservadores quanto à posição a seguirem em relação à continuidade de um apoio à primeira-ministra e quanto à gestão tático-estratégica do processo (com Boris como alvo central da contestação interna por parte de muitos dos seus pares menos radicais e mais consequentes) e das reações críticas sobre a matéria provenientes de agentes relevantes da sociedade civil (como foi o caso do responsável máximo da Jaguar quanto às repercussões empresariais e sobre o emprego de um acordo falhado) e do governador do Banco Central (Mark Carney, com a autoridade legitimada pela renovação do seu mandato, veio falar de “caos económico” e de “crash imobiliário” em caso de no-deal).
A mess que aqui previ (fácil previsão, aliás!) começa a saltar à vista e, como tenho vindo a referir insistentemente, a procissão ainda vai no adro...
Por estes dias, os principais apontamentos a registar (Labour à parte, porque isso é toda uma outra e mais complexa história de erros acumulados e divisionismo desgovernado) provêm da crescente descredibilização da Senhora May (remetida a um isolamento e a uma agonia política que vai procurando contrariar com o que lhe vai vindo à mão, tendo o seu último balão de oxigénio sido as declarações de Barnier quanto a um admissível fecho das negociações em dois meses), das divisões internas aos conservadores quanto à posição a seguirem em relação à continuidade de um apoio à primeira-ministra e quanto à gestão tático-estratégica do processo (com Boris como alvo central da contestação interna por parte de muitos dos seus pares menos radicais e mais consequentes) e das reações críticas sobre a matéria provenientes de agentes relevantes da sociedade civil (como foi o caso do responsável máximo da Jaguar quanto às repercussões empresariais e sobre o emprego de um acordo falhado) e do governador do Banco Central (Mark Carney, com a autoridade legitimada pela renovação do seu mandato, veio falar de “caos económico” e de “crash imobiliário” em caso de no-deal).
A mess que aqui previ (fácil previsão, aliás!) começa a saltar à vista e, como tenho vindo a referir insistentemente, a procissão ainda vai no adro...
(Matt Pritchett, http://www.telegraph.co.uk)
(Bob Moran, http://www.telegraph.co.uk)
(Martin Rowson,http://www.guardian.co.uk)
(Ben Jennings, http://www.guardian.co.uk)
(Chris Riddell, http://www.guardian.co.uk)
Sem comentários:
Enviar um comentário