quinta-feira, 13 de setembro de 2018

ANATOMIA DA VOTAÇÃO E ALGUMAS CARAS A EVITAR



Ainda a propósito da votação de ontem no Parlamento Europeu, resolvi dar-me ao trabalho de analisar em mais detalhe a distribuição dos votos e, em especial, os outliers  associados à mesma. Começo por sublinhar que, dos 21 portugueses, foram 15 os que disseram sim (contra Orbán), 3 os que disseram não (os do PCP!), 1 o que se absteve (Marinho e Pinto!) e duas do PSD as que aparentemente não terão votado. Na primeira linha da imagem acima estão as figuras dos 6 magníficos eurodeputados do agrupamento político mais à esquerda (Esquerda Unida, GUE) que furaram o voto pela sanção (ao contrário dos restantes 41 dos seus camaradas que naturalmente se pronunciaram em sentido favorável à mesma), sendo 3 portugueses e 3 checos. Na linha do meio, temos duas situações: os dois membros do grupo socialista e democrata (um checo e um búlgaro) que apoiaram Orbán (contra os 166 camaradas que o rejeitaram e 5 que se abstiveram e surgem retratados na terceira linha – um checo, três eslovacos e um romeno); os 3 eurodeputados do PP espanhol que não acompanharam a maioria dos seus companheiros de partido e do PPE no seu conjunto e que assim se juntaram a uns tantos refratários mais (a larga maioria oriundos de países do Leste, acompanhados por alguns italianos e bávaros e mais dois franceses e um alemão). Na última linha, e além dos já referidos 5 duvidosos socialistas, os 2 do ALDE (grupo liberal) que se abstiveram (o nosso sempre coerente Marinho e um colega lituano) e assim se juntaram a 4 outros negacionistas para contrariar a posição dominante da família a que pertencem (69 votos a favor da sanção). Vale o que vale mas sempre tenderia a aconselhar a que, em caso de por acaso se cruzarem com algum destes senhores na rua e o reconhecerem, tivessem a prudência de, pelo sim pelo não, atravessarem para o outro lado da mesma...

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