terça-feira, 18 de setembro de 2018

SÓ HÁ ESTRELAS NO CÉU

(Ricardo Liniers Siri, “Macanudo”, http://elpais.com)

Dia pesado, embora gratificante por promissoras razões de concertação institucional em equacionação. Sento-me no sofá distraidamente com o televisor sintonizado na TVI e dou de repente por mim a ouvir uma entrevista de José Alberto Carvalho a uma duvidosa estrela chamada Rita Pereira, aliás com pouco para contar que não falar de si própria e dos seus muitos seguidores nas redes em registos dominados por sensações primárias e afirmações de senso comum. Mudo para o canal atrás e lá encontro Rodrigo Guedes de Carvalho a entrevistar outra duvidosa estrela chamada Cristina Ferreira, ligeiramente mais refinada por ter comido algum pão que o Diabo amassou mas notoriamente abaixo dos mínimos exigíveis a alguém quase transformado em figura mítica deste Portugal modernista. Poucos minutos depois, os canais informativos (?) do cabo emitiam os habituais programas desportivos das Segundas-Feiras, animados por gente tão sofisticada como Rui Gomes da Silva, Pedro Guerra e André Ventura, para me limitar ao menos bem pago estrelato dos que ali se encarregavam de defender a “toupeira”. Decido, então, refugiar-me numa leitura consentaneamente pouco exigente e folheio a revista dominical do “El País” quando, nem de propósito, me deparo com a ilustração que acima reproduzo com a devida vénia e sem necessidade de acrescentar mais palavras.

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