Desconheço se o detalhe da notícia acima está correto mas sei, como sabem todos aqueles que acompanham a vida empresarial portuguesa, que a situação financeira de Diogo Vaz Guedes (DVG) não é de todo brilhante (para dizer o mínimo e evitar a palavra da moda, insolvência). Tive oportunidade de o conhecer de perto quando era um jovem recém-chegado à liderança do grupo empresarial de que era herdeiro e posso testemunhar o seu empenho e determinação, quase idealistas, em o fazer crescer de forma sustentada e profissional. Duas décadas e muitos erros depois, com alguma ganância à mistura, DVG arrepender-se-á de várias das opções e decisões que tomou, seja por excesso de entusiasmo e voluntarismo, por algum sentido de facilitismo alavancador de que se deixou imbuir ou por ter acreditado (em estado de necessidade ou na falta dele) em quem notoriamente não devia. Uma coisa é certa, porém: o problema essencial que afetou DVG e o trouxe até aqui não é comparável, dimensional ou qualitativamente, ao daqueles outros agentes do nosso universo económico-financeiro e político-social que protagonizaram dolosamente a mais gigantesca perda de valor que o País enfrentou, assim tendo contribuído significativamente para a profunda crise de que Portugal ainda está agora a sair. E assim sendo, quem sabe se DVG não irá refazer-se a tempo de realizar algumas coisas bonitas...
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