segunda-feira, 3 de setembro de 2018

UMA QUESTÃO DE HORAS


Hora de Verão ou hora de Inverno? Eis um tema que me acompanhou a vida toda. Num passado longínquo, cheguei a ouvir argumentar com a crise económica e, sobretudo, energética; depois, as análises evoluíram para os lados psico-educativo, securitário e infraestrutural – as crianças traumatizadas por acordarem de noite (coitadas das nórdicas!), os miúdos a irem para a escola sujeitos aos riscos da escuridão, as escolas com fraca luz nas salas de aula, etc. Entretanto, perdi o rasto à discussão, mas a custo nunca deixei de sempre ir acertando a hora duas vezes por ano. Aplaudo agora a ideia de poder deixar de o fazer, à boleia de um presidente da Comissão sem agenda e a precisar de entretenimento (reagir aos desejos cinco milhões de internautas europeus é uma justificação aceitável, a amostra é suficiente?), embora de todo preferisse que não vivêssemos desfasados em uma hora da Europa que nos é próxima e comanda largamente a vida. O assunto é claramente menor mas, como refere o cartunista, ainda vai dar pano para mangas até ao momento em que a coisa se tenha de concretizar para um lado ou para o outro, no final de outubro.

(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)


(Andrés Rábago García, “El Roto”, http://elpais.com)

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