sábado, 17 de setembro de 2022

A RAINHA ESTÁ NO MEIO DE NÓS

 
(Adaptação própria)

(Luís Afonso, “Bartoon”, https://www.publico.pt)

Uma vez mais, o diretor do “Público” Manuel Carvalho se me antecipa, tirando-me as palavras da boca (ou, melhor, da tecla). O tema de hoje é o da “igualdade de tratamento entre uma rainha britânica e Presidentes que exerceram os mais altos cargos no serviço público” (como Soares e Sampaio, em especial) decorrente da decisão do Governo de decretar três dias de luto nacional pela morte de Isabel II. Começa a tornar-se por demais evidente que o principal problema dos nossos governantes como um todo não é tanto de conteúdo ideológico (ou falta dele) nem de capacidade de execução (ou falta dela) nem de visão e rumo (ou falta deles); porque o verdadeiro maior problema da atual governação está mesmo na resultante do posicionamento “provinciano e pacóvio” que a autossuficiência do primeiro-ministro estimula e alimenta (com a agravante do absolutismo de uma maioria absoluta que tudo permite, na Segurança Social como na TAP para só ilustrar) de um modo que não é apenas “irritante” mas se torna sobretudo indigno. No caso vertente, a reveladora situação traduz-se em nos vermos defrontados, triste e involuntariamente, com “um sinal de desrespeito do país para consigo próprio”; e é aí que tudo começa...

 

(Felipe Hernández, “Caín”, http://www.larazon.es)

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