Hoje há eleições gerais na Suécia. Das quais se espera uma aparente estabilização na relação de forças entre os principais partidos, com as exceções não demasiado significativas da extrema-direita populista (liderado por Jimmie Åkesson, imagem mais abaixo, e que poderá passar a ser o segundo grupo político mais representativo do país, designadamente por via do seu agressivo discurso anti-imigração e de exploração da criminalidade violenta) e dos Verdes em menor medida.
Não conhecendo nós suficientemente as particularidades da disputa política interna, a qual levou no último quadriénio a vários momentos sérios de dificuldade ou crise aberta ― da inédita duração temporal transcorrida em 2018 até se encontrar uma solução governativa que levasse à formação do primeiro governo de Stefan Löfven (vindo este a contar finalmente com o sim dos Verdes e a abstenção dos partidos do Centro, Esquerda e Liberal) às roturas intestinas que acabaram por conduzir o então primeiro-ministro à demissão em finais de 2021 (primeiro sob o impulso do Left Party, mas logo tendo sido cavalgado por uma moção de confiança colocada pela extrema-direita e votada pela maioria da oposição, não logrando subsequentemente esta formar um governo alternativo sob o comando dos Moderados de Ulf Kristersson) e aos estranhos incidentes associados à subida da ministra das Finanças Magdalena Andersson a primeira-ministra de um governo exclusivamente social-democrata (primeiro apoiada parlamentarmente pela negativa, i.e., por ausência de uma maioria contra, para logo depois ver o seu orçamento de imediato chumbado) ―, conseguimos no entanto antever a forte probabilidade de um renovado processo complexo a desenrolar-se até que a incumbente possa garantir os apoios (ou abstenções) necessários à sua manutenção no poder.
Mas, e para já, ainda falta observar os resultados de logo e a consequente confirmação de uma inexistência de surpresas de monta.
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