terça-feira, 6 de setembro de 2022

O REGRESSO DE BARRETO

Na sua habitual coluna de Sábado no “Público”, pude constatar, através do seu texto do passado dia 3 (“Euros caídos do céu”), que António Barreto (AB) parece querer voltar à salutar normalidade que, antes de se ter deixado cair num período dominado por diversas incursões obsessivas e desviantes, muito justamente fizera dele um dos nossos grandes e reconhecidos analistas políticos.

 

Focando-se de modo intencional e certeiro naquilo que é o nosso modo de ser e estar ― refiro-me, obviamente a Portugal e aos portugueses, hoje e no tempo histórico ―, AB produziu ali um contributo relevante e bem suscetível de estimular em cada um de nós uma mais cabal perceção dos estrangulamentos ao desenvolvimento que sempre nos limitaram e que permanecem definidores da presente ordem do dia.

 

Seleciono abaixo alguns excertos que considero mais merecedores de sublinhado, quer no tocante à nossa crónica incapacidade de criar riqueza (e correspondente principal preocupação de gastar dinheiro) quer no tocante aos traços de estrutural bloqueamento que marcam as diversas franjas da nossa sociedade civil, pese embora por lá também se abordarem as maldades do Estado e os malefícios associados ao dependente recurso aos dinheiros europeus.

 

Saúdo, pois, com simpatia e contentamento este condigno regresso de AB, um intelectual cuja qualidade e lucidez faz falta no espaço público nacional.

 


(Javier Olivares, https://www.elmundo.es)

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