Ontem à noite acompanhei o apuramento dos resultados das eleições na Suécia. Que começou com o anúncio da vitória social-democrata e da subida da extrema-direita, mas cedo evoluiu de um sempre referencial too close to call para a indicação de uma provável vitória tangencial dos quatro partidos de direita em bloco (incluindo o doravante maior de entre eles, os populistas apelidados de “Sweden Democrats”, além dos liberais e dos cristãos-democratas). Faltando ainda o fecho integral da contagem, designadamente devido aos votos da emigração, tudo aponta realmente para tal desenlace (175 lugares parlamentares para a Direita contra 174 para a Esquerda). E, assim, para uma mudança de primeiro-ministro, que poderá passar a ser o líder dos “Moderados” Ulf Kristersson (abaixo, simulando uma cuidadosa entrada em cena, na foto que encerra este post) mas sob a enorme pressão do apoio radicalizado que lhe concederão os mais extremistas (naturalmente enquanto a sua influência direta sobre ele se manifestar aceitável). Tempos instáveis e difíceis para a Suécia, também porque nem sempre a aritmética básica bate certo com as curvas da política, mais um pequeno contributo para abalar uma Europa que não cessa de dar sinais de tremura por todos os lados.
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