segunda-feira, 12 de setembro de 2022

SUÉCIA: MAIS DEPRESSA DO QUE SE SUPUNHA


(a partir de https://www.dn.se) 

Ontem à noite acompanhei o apuramento dos resultados das eleições na Suécia. Que começou com o anúncio da vitória social-democrata e da subida da extrema-direita, mas cedo evoluiu de um sempre referencial too close to call para a indicação de uma provável vitória tangencial dos quatro partidos de direita em bloco (incluindo o doravante maior de entre eles, os populistas apelidados de “Sweden Democrats”, além dos liberais e dos cristãos-democratas). Faltando ainda o fecho integral da contagem, designadamente devido aos votos da emigração, tudo aponta realmente para tal desenlace (175 lugares parlamentares para a Direita contra 174 para a Esquerda). E, assim, para uma mudança de primeiro-ministro, que poderá passar a ser o líder dos “Moderados” Ulf Kristersson (abaixo, simulando uma cuidadosa entrada em cena, na foto que encerra este post) mas sob a enorme pressão do apoio radicalizado que lhe concederão os mais extremistas (naturalmente enquanto a sua influência direta sobre ele se manifestar aceitável). Tempos instáveis e difíceis para a Suécia, também porque nem sempre a aritmética básica bate certo com as curvas da política, mais um pequeno contributo para abalar uma Europa que não cessa de dar sinais de tremura por todos os lados.



(Rainer Hachfeld, https://cartoonmovement.com)

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