Tornara-se previsível, embora ainda houvesse quem acalentasse uma tímida esperança no contrário, a hoje conhecida indigitação pelos Tories de Liz Truss para primeira-ministra britânica. E é assim que o Reino Unido insiste em manter uma tónica de desgraça no que respeita aos caminhos da sua vida pública, passando agora de um prático, impreparado e quase anedótico Boris Johnson para uma pseudo-doutrinária focada na oportunidade e igualmente quase anedótica Elizabeth Truss. Seguramente que, entre outros aspetos, imperou na decisão final (que chegou a parecer altamente improvável nos primeiros escrutínios em face da pujança que Rishi Sunak dava sinais de ostentar) algum encantamento em relação a uma espécie de regresso a Thatcher, coisa que não irá de todo suceder por múltiplas e óbvias razões de facto que opto não enumerar, não obstante Liz tudo ter feito para se apresentar como tal (neoconservadora, limitadora do papel do Estado, amiga das empresas com enfoque na promessa central de baixar a carga fiscal, afrontadora da Europa em geral e de alguns países especialmente escolhidos em particular). Aqui chegados, resta-nos esperar para ver até que ponto a desgraça vem célere e profunda, como alguns prognosticam, ou se Liz e a sua equipa ainda conseguirão encontrar mecanismos de mitigação face a uma situação que tem praticamente tudo para correr mal.
segunda-feira, 5 de setembro de 2022
A VEZ DE LIZ, NOVA DESGRAÇA BRITÂNICA À VISTA
(Ben Jennings, https://www.theguardian.com)
(Ben Jennings, https://www.theguardian.com)
(Morten Morland, http://www.thetimes.co.uk)
(Dave Brown, http://www.independent.co.uk)
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