Momento extraordinariamente bonito e comovente, aquele que uma centena de amigos protagonizou na Padaria do Povo (Campo de Ourique, Lisboa) em homenagem à Élia, essa força da natureza que viveu feliz e intensamente até que sucumbiu perante a inclemência de uma doença terrível. Houve imagens e lembranças de toda a ordem, palavras espontâneas e pensadas, poemas escolhidos e música apropriada (interpretada por Luísa Amaro, viúva de Carlos Paredes). A Élia foi uma inexcedível servidora pública (quase sempre no quadro do ICEP e enquanto delegada no exterior, em Luanda, em Washington e Nova Iorque, em Bruxelas e em Berlim), distinguiu-se pela alegria, energia e convicção com que tratava tudo quanto se lhe oferecia (pessoal e profissionalmente), foi uma mãe companheira e absolutamente exemplar (“formidável”, disse a filha Filipa, a quem aqui deixo um beijo enorme e muito sentido) e uma amiga incomparável (se preciso fosse, os testemunhos ouvidos tornaram tal avaliação lapidar). No que me toca, que com ela comecei a conviver por tabela há uns mais recentes trinta anos (curiosamente num simultâneo plano relacional e de trabalho mas sempre de modo bastante próximo), só posso encerrar este post confessando a revolta do meu choro por uma das mulheres mais firmes e sensíveis que me foi dado conhecer nesta passagem.
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
ÉLIA RODRIGUES
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