quinta-feira, 2 de maio de 2013

NO MEIO DO RUÍDO


Não sou grande fã de regularidades observadas que se tornam em truísmos ou receitas mais ou menos miraculosas, nem esse pretende ser o registo deste post. Mas não deixei de achar interessante ler na “Harvard Business Review” do mês passado que dois altos responsáveis da Deloitte (Michael E. Raynor e Mumtaz Ahmed) realizaram um estudo estatístico de milhares de empresas e encontraram algumas centenas com desempenhos e posições competitivas duradouramente sustentados (“excelência organizacional”) assentes em escolhas estratégicas consistentes ao longo de décadas e centrados nas três regras elementares acima mencionadas.

A diferenciação (marca, estilo, fiabilidade) é mais estruturante do que o preço, o aumento da receita é mais promissor do que o corte de custos e tudo o mais se deve funcionalizar ao cumprimento das duas anteriores consignes, avançam aqueles autores. Sublinhando ainda que não nos devemos deixar influenciar negativamente pela aparente simplicidade das mesmas, muito especialmente porque “o sucesso a longo prazo em qualquer setor é uma conquista rara e difícil” e “encontrar uma estratégia viável que caiba dentro das regras requer enorme criatividade e flexibilidade”.

Sei que os países não são empresas, mas algo me empurra para dizer que há nisto qualquer coisa de aproveitável para governo de quem nos governa…

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