Depois do meu malfadado post de 14 de abril (“Deus queira que percam…”) e da constatação subsequente de que não há intervenção divina no futebol, os alemães concretizam hoje um pleno desportivo numa deutsche Champions-League-Finale em Wembley.
Pior ainda é ver a capa do “Financial Times” de hoje consagrar, a propósito, o “modelo germânico”, que considera vir mostrar a Londres “uma ou duas coisas sobre a promoção do talento e o planeamento de longo prazo”.
E porque uma desgraça nunca vem só, acaba também de se saber que o “Country Ratings Poll” da BBC deste ano (quadro abaixo) veio evidenciar que a Alemanha é a nação do mundo mais positivamente encarada por mais de 26000 cidadãos internacionais – a questão colocada é a de classificar os países em função da sua influência no mundo ser mainly positive ou mainly negative.
(Klaus Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)
Haverá com certeza ótimos e meritórios fundamentos para se estudarem os porquês de todo este sucesso (erfolg) e melhoria de imagem. Não obstante, haverá também outras dimensões a chamar à colação, desde a precariedade histórica de uma sociedade internacional assente numa lógica dominada pelo winners takes it all até à precariedade histórica de uma sociedade mediática assente na subordinação de uma maioria indefesa e sem voz…
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