Dezoito respeitáveis “macacos” discutiram ontem no Palácio de Belém, durante sete horas, as “Perspetivas da Economia Portuguesa no Pós-Troika, no Quadro de uma União Económica e Monetária Efetiva e Aprofundada”. Não fora a confidencialidade de que se pretendem reclamar as reuniões do Conselho de Estado, um registo do desenrolar dos trabalhos seria decerto inolvidável.
Especialmente vivos terão sido os debates em torno da criação de uma União Bancária – sobretudo no tocante à “instituição dos mecanismos de supervisão, de resolução de crises e de garantia de depósitos dos bancos” – e das “perspetivas de reforço da coordenação das políticas económicas e de criação de um instrumento financeiro de solidariedade”. Com o inestimável contributo dos nossos melhores comentadores (Marcelo e Marques Mendes) e alegados “despesistas” (Jardim e Menezes).
Desconhece-se de momento quem terá sido mandatado (Assunção? Eanes? Alegre?) para comunicar a Bruxelas e a demais instâncias o entendimento alcançado no sentido de que “o programa de aprofundamento da União Económica e Monetária deve criar condições para que a União Europeia e os Estados-Membros enfrentem, com êxito, o flagelo do desemprego que os atinge e reconquistem a confiança dos cidadãos, devendo ser assegurado um adequado equilíbrio entre disciplina financeira, solidariedade e estímulo à atividade económica”. Mas sabe-se, de fonte segura, que os alemães e os burocratas da Comissão já tremem!
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