sexta-feira, 3 de maio de 2013

TURISMO DE ALDEIA


Avizinha-se um fim de semana pesado de trabalho profissional, com viagem a Lisboa pelo meio, ou seja com tempo reduzido para digerir criticamente mais uma ofensiva da dupla Coelho-Gaspar que certamente nos colocará ainda mais pobres, ofensiva que concretiza minimamente a estratégia orçamental concebida para agradar a Rompuy e outros paus mandados que constituem os seus grandes aliados.
No meio de toda esta vertigem, ainda deu tempo esta tarde para uma intervenção no Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas, projeto construído com as pedras retiradas do local, preservando memórias. Oportunidade para apresentar um trabalho profissional, um Manual de Boas Práticas de experiências de turismo de aldeia, preparado para a ATA, Associação de Turismo de Aldeia. Mas sobretudo uma oportunidade para pressentir o aroma do Gerês e para respeitar a energia empreendedora e persistente de gente que não desiste de manter territórios de baixa densidade com uma chama mínima de iniciativa, de rendimento, de pessoas. Gente que sabe que em muitos destes territórios há conhecimento, memória, que permanece no domínio do tácito, da experiência e que corre o risco de desaparecer irreversivelmente se entretanto esse conhecimento não for tornado visível, captado e transformado.
A procura do turismo de aldeia começa a dar sinais de desfalecimento e outra coisa não seria de esperar. Estarão estas iniciativas preparadas para aguentar um ciclo recessivo?

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