No meio de toda esta vertigem, ainda deu tempo
esta tarde para uma intervenção no Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas,
projeto construído com as pedras retiradas do local, preservando memórias. Oportunidade
para apresentar um trabalho profissional, um Manual de Boas Práticas de experiências
de turismo de aldeia, preparado para a ATA, Associação de Turismo de Aldeia. Mas
sobretudo uma oportunidade para pressentir o aroma do Gerês e para respeitar a
energia empreendedora e persistente de gente que não desiste de manter territórios
de baixa densidade com uma chama mínima de iniciativa, de rendimento, de
pessoas. Gente que sabe que em muitos destes territórios há conhecimento, memória,
que permanece no domínio do tácito, da experiência e que corre o risco de
desaparecer irreversivelmente se entretanto esse conhecimento não for tornado
visível, captado e transformado.
A procura do turismo de aldeia começa a dar
sinais de desfalecimento e outra coisa não seria de esperar. Estarão estas
iniciativas preparadas para aguentar um ciclo recessivo?
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