terça-feira, 14 de maio de 2013

DO EIXO À DIVERGÊNCIA PARIS - BERLIM



Via Mike Shedlock (Mish’s Global Trend Economic Analysis), chega-me às mãos o estudo "The New Sick Man of Europe: The European Union" do Pew Research Center, centrado em estudos de opinião na União Europeia.
As conclusões do estudo do PEW não são substancialmente distintas das que todo o cidadão europeu, mais ou menos informado, intui sobre o que se vai passando na União Europeia. Dos resultados do estudo, a França está claramente na berlinda. Sabíamos que Hollande tem-se encarregado de ir destruindo expectativas de mudança que suscitou. Mas o que o estudo do PEW mostra é que a degradação do pensamento dos franceses relativamente às expectativas criadas por Hollande acontece em simultâneo com uma significativa degradação do seu pensamento em relação à economia francesa e à Europa. O sentimento dos franceses quanto à má performance da sua economia alinha claramente com a dos habitantes nos países da Europa do Sul, cavando-se aqui o primeiro fosso entre Paris e Berlim.
A percentagem de franceses desfavorável à UE é, em 2013, de 58%, só suplantados pelos gregos, o mesmo acontecendo em relação à perceção de que a integração económica desfavoreceu a economia (77%, também só suplantados pela Grécia).
E, surpreendentemente, de 2010 para 2013, a posição favorável a apoiar resgates financeiros de outros países evoluiu divergentemente na Alemanha e em França, sendo agora mais favorável entre os alemães do que entre os franceses.

Estes estudos valem o que vale, mas este processo de construção europeia tal como tem sido conduzido não poderia levar a algo de muito diferente. A gestão do faz de conta vai acabar mal.

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