Via Mike Shedlock (Mish’s Global Trend Economic Analysis), chega-me às mãos o estudo "The New Sick Man of Europe: The European Union" do Pew Research Center,
centrado em estudos de opinião na União Europeia.
As conclusões do estudo do PEW não são
substancialmente distintas das que todo o cidadão europeu, mais ou menos
informado, intui sobre o que se vai passando na União Europeia. Dos resultados
do estudo, a França está claramente na berlinda. Sabíamos que Hollande tem-se
encarregado de ir destruindo expectativas de mudança que suscitou. Mas o que o
estudo do PEW mostra é que a degradação do pensamento dos franceses
relativamente às expectativas criadas por Hollande acontece em simultâneo com
uma significativa degradação do seu pensamento em relação à economia francesa e
à Europa. O sentimento dos franceses quanto à má performance da sua economia
alinha claramente com a dos habitantes nos países da Europa do Sul, cavando-se
aqui o primeiro fosso entre Paris e Berlim.
A percentagem de franceses desfavorável à UE é,
em 2013, de 58%, só suplantados pelos gregos, o mesmo acontecendo em relação à
perceção de que a integração económica desfavoreceu a economia (77%, também só
suplantados pela Grécia).
E, surpreendentemente, de 2010 para 2013, a posição
favorável a apoiar resgates financeiros de outros países evoluiu
divergentemente na Alemanha e em França, sendo agora mais favorável entre os
alemães do que entre os franceses.
Estes estudos valem o que vale, mas este processo
de construção europeia tal como tem sido conduzido não poderia levar a algo de
muito diferente. A gestão do faz de conta vai acabar mal.
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