(Martin Wolf, http://www.ft.com)
Para satisfazer os mais queixosos em relação à escassez de gráficos que aqui temos vindo a produzir ou divulgar, aí ficam mais três que até poderiam ter servido de suporte racional às conversas que vêm tendo lugar entre Varoufakis e os seus pares europeus, mais ou menos encabeçados por Schäuble.
Acima, uma resenha do que foi o ajustamento à crise na Zona Euro (2007/14) e a evidência do apertão a que foram sujeitos os gregos por comparação com outras vítimas da obsessão austeritária (portugueses, espanhóis e italianos, nomeadamente).
Abaixo, duas ilustrações que vão no mesmo sentido, a primeira pondo a nu o facto de os níveis de produção da Grécia em termos reais equivalerem atualmente aos de 2000 (“back to the beginning”) – matéria que aproxima os gregos dos italianos e até dos portugueses (estamos hoje apenas 2% acima dos níveis de início de século) e que a todos diferencia face à Espanha (24% acima) – e a segunda conduzindo a observações do mesmo tipo exclusivamente para o caso grego mas indo um pouco atrás em termos temporais para deixar bem à vista a verdadeira inversão verificada após a eclosão da crise ter destapado brutalmente o engodo que o Euro vinha representando com a inestimável e eficaz ajuda da receita austeritária.
E é aqui que está a questão essencial em cima da mesa europeia. Afinal o que é que mais os gregos têm de ajustar? E por contraponto a nós, lindos meninos que nos gabamos de tão escrupulosamente termos feito com êxito o “trabalho de casa” (?), o que é que os gregos não fizeram? Sendo que os ditos gregos são os que votaram no Syriza e todos os outros, mas quem os conduziu nestes anos foi a Troika e a Nova Democracia...
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