domingo, 8 de fevereiro de 2015

MAUS PRESSÁGIOS PRESIDENCIAIS



Numa semana em que soubemos, a propósito do tema das remunerações suplementares na função pública, que há uma outra forma de concertação que escapa aos parceiros sociais, a que se desenvolve entre o governo e a Presidência da República, que é preocupante dada a hoje forte diferença entre o pensamento de Cavaco e dos portugueses em que me incluo, emergiram maus presságios do ponto de vista do meu posicionamento como eleitor.
O PS nem confirmou nem desmentiu, mas o mais que provável afastamento de Guterres do processo começa a colocar-me alguns engulhos por antecipação. Muita água passará ainda por baixo das pontes e certamente as legislativas poderão clarificar muita coisa, incluindo a possibilidade da distribuição do voto à esquerda e à direita estar mais cristalizada do que parece. Mas, ponderando tudo isso, e em jeito de desabafo para memória futura não me estou a ver a levar António Vitorino ao colo.

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