Numa semana em que soubemos, a propósito do tema
das remunerações suplementares na função pública, que há uma outra forma de
concertação que escapa aos parceiros sociais, a que se desenvolve entre o
governo e a Presidência da República, que é preocupante dada a hoje forte
diferença entre o pensamento de Cavaco e dos portugueses em que me incluo,
emergiram maus presságios do ponto de vista do meu posicionamento como eleitor.
O PS nem confirmou nem desmentiu, mas o mais que
provável afastamento de Guterres do processo começa a colocar-me alguns
engulhos por antecipação. Muita água passará ainda por baixo das pontes e
certamente as legislativas poderão clarificar muita coisa, incluindo a
possibilidade da distribuição do voto à esquerda e à direita estar mais
cristalizada do que parece. Mas, ponderando tudo isso, e em jeito de desabafo
para memória futura não me estou a ver a levar António Vitorino ao colo.
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