(Fulcrum Asset management)
Gavyn Davies não é um cronista qualquer e a Fulcrum Asset Management do qual Davies é
Chairman costuma ser apontada como entidade fiável de prospetiva económica a
curto médio prazo. Ora de tudo quanto tenho lido nos tempos mais recentes sobre
antevisões de ritmos de crescimento económico, é a primeira vez que estou
perante um conjunto de previsões que auguram alguma luz ao fundo do túnel do
qual o crescimento deve brotar. Isso acontece porque também pela primeira vez parece
haver alguma conformidade entre os ritmos previsíveis de crescimento entre os
grandes blocos, com os Estados Unidos à cabeça e tudo indica a entrar em alguma
sustentabilidade de crescimento, embora ainda que moderado. A zona euro parece
despertar de alguma letargia, com a revisão em alta de 0,5% para 1,2%. E o Japão
parece finalmente começar a dar alento à Abeconomics.
As previsões da Fulcrum assentam num modelo
sofisticado que transforma alertas e sinais provenientes de várias fontes num
fator previsional agregado que define as tendências mais prováveis. O modelo não
está disponível ao vulgar dos leitores e por isso não é possível ajuizar da
credibilidade do sinal agora transmitido.
Pressupondo a já mencionada credibilidade, haverá
finalmente uma luz ao fundo do túnel do crescimento.
Porém, os valores encontrados não são de molde a
afastar o interesse de continuarmos a discutir as ameaças de estagnação
secular. E, para além disso, também não justificam entusiamo por ai além aos
que na mínima sustentabilidade de recuperação se apressam a desvalorizar os estímulos
à economia. Será necessário seguir com mais atenção o comportamento do desvio
entre produto real e potencial das economias avançadas e captar multi-informação
sobre os mercados de trabalho comparando-os com o imediatamente antes de
2007-2008. Tudo isto para não ficarmos sem visão com o choque da luz ao fundo
do túnel.
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