Depois de um primeiro ato que terminou com uma ampla vitória eleitoral do Syriza e de um segundo ato voltado para dentro de casa, entre uma coligação nada expectável e uma tomada de medidas em escrupuloso cumprimento de promessas eleitorais, assistiu-se por estes dias a um interessante terceiro ato de uma peça de teatro grego, que aqui reproduzo em três sugestivas imagens. A primeira regista Varoufakis em Londres, cidade por que optou para dar a conhecer (em termos públicos, via “Financial Times” – o essencial da notícia está acima reproduzido) a sua ideia básica de um menu de swaps de dívida suscetível de minimizar o incomportável peso desta sobre a economia e o povo gregos. As duas seguintes mostram Tsipras a assestar baterias em Paris, solicitando um apoio de que afinal os franceses também acabam por necessitar, e em Roma, onde Renzi fora previamente avisado ao telefone (bερολίνο καλεί pώμη = Berlim chama Roma) pela sempre previdente Angela no sentido de o incentivar a usar gravata através da oferta de um exemplar irrecusável de marca italiana. Hoje começa o quarto ato, centrado nas instituições europeias, onde os funcionários políticos bruxelenses (Juncker, Schulz e Tusk, entre outros) se limitarão a exibir as suas peculiaridades muito próprias e será Draghi o osso mais duro de roer. Continua largamente em aberto o apuramento quanto ao facto de estarmos em face de uma comédia ou de uma tragédia...
(Kak, http://www.lopinion.fr)
(elaboração própria a partir de http://www.efsyn.gr)
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