Chamada de atenção para um dado logístico-urbanístico muito curioso sobre a construção europeia que há mais de meio século nos envolve e onde as cidades de Estrasburgo e Bruxelas são uma espécie de capitais oficiais: a primeira funcionando naquelas doze sessões semanais do Parlamento Europeu, em dez meses do ano, que tão especulativamente alimentam a sua atividade económica e no quadro da cara e inacreditável transumância que todos os cidadãos conhecedores e conscientes crescentemente vão denunciando; a segunda no seu papel mais executivo para o restante trabalho, concentrando o grosso de toda aquela imensa burocracia em permanente andamento no quartier oriental da velha urbe, centrado em Schuman e atravessado pelas ruas de La Loi e Bélliard, em que se localizam as instituições comunitárias – pois aqui, nestes dois escassos quilómetros quadrados, estão também os incontornáveis profissionais dos serviços de lóbi (ONGs, empresas multinacionais, associações empresariais e sindicais, gabinetes de advogados, think tanks, etc.) que se estima ocuparem 20 a 30 mil pessoas e quotidianamente operacionalizam intensamente uma pretendida transparência na manifestação dos diversos interesses de grupos; sugiro, por elucidativa, uma breve passagem de olhos pelo mapa abaixo...
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