A disposição de Pedro Sánchez, líder do PSOE,
quando se encontrou com António Costa em Badajoz não estava certamente em alta.
Os caramelos não eram seguramente saborosos, mas amargos.
As sondagens valem o que valem, mas acabam por
medir o estado das coisas em termos de uma espécie de pré-pronunciamento
eleitoral, mais epidérmico, talvez mais espontâneo, um pré-aviso com direito a
reconsideração em momento mais oportuno.
A última sondagem (em termos de votos válidos) da
intrincada situação política espanhola coloca os movimentos (partidos) de fora
do sistema, PODEMOS (27,7%) e CIUDADANOS (12,2%) em posição de mano a mano com
os partidos do sistema e que sistema, PP (20,9%) e PSOE (18,3%), com a IU/ICV (6,5%)
e a Upyd (4,5%) a desempatarem.
Ora, o que espanta nestes números não são os 20%
do PP. Com tanta algazarra de corrupção e apesar da economia espanhola que lá
se vai aguentando, esperar mais do PP já seria miraculoso. O que espanta são os
18% do PSOE, apesar dos jeans e do
rejuvenescimento da liderança do Pedro Sánchez.
Em confronto com tudo isto, em Portugal, os
impulsos fora do sistema parecem ser protagonizados por meninos do coro. Até
nesta forma de pressão política sobre as cabeças das autoridades europeias se vê
a debilidade política a que nos temos conduzido. Triste sina a nossa.
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