Só uma brasileira (Gabriela Knaul), embora
investida de funções de relatora dos Direitos Humanos das Nações Unidas,
poderia com aquela vozinha incisiva e incomodativa trazer à ministra Paula de
botox nas bochechas do rosto mais uma contra-evidência do seu ego de grande e rápida
reformista.
Na sua missão a Portugal, a observadora
identificou aspetos positivos (a independência do Tribunal Constitucional, ora
tomem também lá esta), mas deparou-se com uma justiça sem autonomia orçamental,
de joelhos perante a adversidade dos recursos e de “chapéusinho na mão” (o
diminuitivo tem aqui um significado que só a língua brasileira consegue
produzir.
Certamente ainda traumatizada pela forma leviana
como se referiu às escutas em Portugal, ou simplesmente atordoada pela missão
da ONU, a ministra não se dignou por agora contrapor, deixando tal tarefa a uma
Diretora Geral que lá fez o seu melhor para não dar parte de fraca e não abrir
o flanco, salvo seja.
Não haverá por aí mais observadores
internacionais?
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