Perdidos no meio de tanta informação em catadupa, os cidadãos menos versados em matérias económicas descobrem esperançados que agora é que sim: segundos os últimos dados divulgados, a Zona Euro regista umas décimas de crescimento económico positivo e a Alemanha volta a ser a sua locomotiva – tudo boas notícias, pois.
(Aurélien Froment, “Aurel”, http://lemonde.fr)
Só que, e não obstante, essa mesma Zona Euro ainda regista níveis inferiores de produto/riqueza (-1,9%) em relação aos que precediam a crise – ao invés dos Estados Unidos e ao Reino Unido que cresceram 9,6% e 3,4%, respetivamente, sendo ainda que só 7 (Malta, Luxemburgo, Alemanha, Bélgica, Estónia, França e Áustria) dos 19 países que integram a Zona Euro apresentam hoje um PIB mais elevado do que há sete anos – e, se Deus quiser, só em 2016 serão alcançados níveis equivalentes aos do início de 2008. Tudo sequelas de uma união económica e monetária mal arquitetada e mal gerida, onde as divergências cíclicas dominam em crescendo fazendo imperar rigidamente as vantagens para alguns países e os desequilíbrios em desfavor da maioria dos restantes (e, em especial, dos da periferia mais a sul: Grécia, Chipre, Itália, Portugal e Espanha, por ordem decrescente). Quem foi que falou em sustentabilidade?
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