quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

E SE TIVÉSSEMOS SIDO COMO A GRÉCIA?



A solidariedade entre os países tocados por processos de bail-out anda pelas ruas da amargura. Há por aí uns espertalhaços medíocres (o problema é que ascenderam a postos de poder) que se têm esforçado por diferentes vias para glosar que não somos a Grécia, fugindo da pretensa estigmatização que os mercados fariam de tal proximidade.
Kevin O’Rourke insurgindo-se contra tal deriva na sua Irlanda teve a honra de constar do blogue de Krugman, o qual vem trazer evidências bem interessantes sobre o comportamento entre 2007 e 2014 da despesa pública real sem pagamentos de juros. O gráfico é demolidor e esclarecedor por isso. É bem visível que a austeridade a que a sociedade grega foi sujeita não tem nada que ver com a dos restantes países sob as diferentes formas de bail-out. É por isso cristalino como teríamos penado se tivéssemos sido punidos com a dose dedicada aos gregos. Bastariam estes números para que os espertalhaços acima referidos enfiassem a viola no saco e estivessem pelo menos calados. A estupidez silenciosa recrimina-se mas ainda se tolera. Mas a estupidez ruidosa ultrapassa os limiares da tolerância.

2 comentários:

  1. Se conseguíssemos transformar essa estupidez em bem transacionavel, tínhamos o problema da dívida resolvido.

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  2. Se conseguíssemos transformar essa estupidez em bem transacionavel, tínhamos o problema da dívida resolvido.

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