Enquanto Tsipras e Varoufakis parecem prosseguir religiosamente os to do do check-list que dá corpo à sua estratégia – pense-se dela o que se pensar, e há muito quem a critique e até quem a chacine, forçoso é reconhecer que o Syriza preparou ao detalhe os passos que deveriam ser subsequentes à sua chegada ao poder –, que agora passa por um périplo europeu selecionado a dedo e um discurso firme mas algo mais sedativo para os nervosos serventuários dos maiorais do money money, os capitais propriamente ditos lá vão tratando de acautelar os seus privados interesses e já transformaram estes meses no terceiro período mais fugidio desde a explosão de 2010 (gráfico abaixo).
Entretanto, quero voltar a insistir quão ansiosamente aguardo o que virá da “Internacional Socialista”, se é que virá algo de minimamente estruturado dessa suposta e quase virtual organização. Será desta que Hollande dá um arzinho da sua graça? E Renzi, será capaz de mostrar que vê para além do eixo Roma-Florença? E o SPD dará mesmo cobertura a Merkel até ao fim dos seus dias? Eu, que até não sou crente, aqui manifesto o meu fervoroso desejo de que uma certa História não conheça novas réplicas de falsidade e abjuração...
Já para não falar, e com isto termino, deste nosso irrelevante microcosmos e do seu correlativo participante PS português – porque, estando certo de que um político como Costa não terá qualquer problema em que alguns lhe queiram bater com a porta por defender o interesse europeu e nacional, não deixo de me perguntar: irá ele escolher? E se o fizer, optará por seguir sem complexos a linha anti-austeritária e pró-negocial que Ferro Rodrigues já sustentou no Parlamento e que ontem também ouvi Carlos César defender convincentemente ou embarcará preferencialmente nos argumentos conservadores e arrogantes de Jaime Gama ou nos ditos primários e de raiz soviética de Vital Moreira?
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