Um derradeiro balanço dos resultados das eleições autárquicas de domingo, com o determinante contributo estético da TVI e do JN. Doravante, um mínimo de 60% das câmaras passará a ter uma liderança frontalmente oposta à política governativa do País – deixo deliberadamente de fora as 13 onde foram vencedoras candidaturas independentes e refiro-me apenas às 184 ganhas pelo PS (150) e pela CDU (34) – e o dito maior partido nacional perdeu 48 câmaras (37 das quais para o PS) ou, querendo ser um pouco mais meigo, 33 em termos líquidos. Arrasador e humilhante, sem dúvida, o tal julgamento soberano do povo, mas… e daí, fazer o quê?
Não o quero criticar mas adicional que nesse calculo existe talvez o erro crasso das populações da Grande Lisboa. A maioria do país vive uma proximidade com o municipalismo o que os permite ser mais ou menos certeiramente conscientes do voto nas autarquicas, a escolha e mudança de autarca ai reflete o trabalho do autarca anterior, não do estado central como sucede em Lisboa. E mesmo ai, a minha discurdância, se bem que refletindo o estado central, a Grande Lisboa pauta-se pela indiferença face ao poder!
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