quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O RENASCIMENTO DA CASA DAS ARTES



Após inúmeras promessas desencontradas e muito espavento, foi com apreciável sobriedade que reabriu hoje oficialmente a Casa das Artes do Porto. Implantado nos magníficos jardins do Palacete Visconde de Vilar D'Allen (da autoria do arquiteto Marques da Silva), o edifício em causa é um emblemático equipamento cultural da Cidade que fora projetado por Eduardo Souto de Moura em 1991 mas dentro do qual já chovia por estar desativado há quase uma década.

Como quase sempre acontece, muitos falaram e poucos fizeram. Saliência para a Direção Regional de Cultura do Norte, liderada pela arquiteta Paula Silva, que há apenas um ano recebera o presente que parecia envenenado de assumir a gestão do espaço e a sua eventual reabilitação. E um aplauso também à tutela, na pessoa do secretário de Estado Jorge Barreto Xavier, que discretamente se limitou a considerar que era relevante estar presente e assim assinalar politicamente a significância social e cultural do facto.

Muitas são as boas razões para os portuenses saudarem este dia. Duas das melhores serão uma finalmente reencontrada acessibilidade cultural e turística para esta peça da arquitetura contemporânea do Porto e o anunciado regresso àquele espaço da sétima arte pela reputada mão do histórico Cineclube do Porto.

Ah, e não queria deixar de informar que o presidente da Câmara se manteve igual a si próprio até ao fim, primando pela ausência e fazendo-se caladamente representar pelo chefe de gabinete...

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