Após inúmeras promessas desencontradas e muito espavento,
foi com apreciável sobriedade que reabriu hoje oficialmente a Casa das Artes do
Porto. Implantado nos magníficos
jardins do Palacete Visconde de
Vilar D'Allen (da autoria do arquiteto Marques da Silva), o edifício em causa é
um emblemático equipamento cultural da Cidade que fora projetado por Eduardo
Souto de Moura em 1991 mas dentro do qual já chovia por estar desativado há
quase uma década.
Como quase sempre
acontece, muitos falaram e poucos fizeram. Saliência para a Direção Regional de
Cultura do Norte, liderada pela arquiteta Paula Silva, que há apenas um ano recebera
o presente que parecia envenenado de assumir a gestão do espaço e a sua eventual
reabilitação. E um aplauso também à tutela, na pessoa do secretário de Estado
Jorge Barreto Xavier, que discretamente se limitou a considerar que era
relevante estar presente e assim assinalar politicamente a significância social
e cultural do facto.
Muitas são as boas
razões para os portuenses saudarem este dia. Duas das melhores serão uma finalmente
reencontrada acessibilidade cultural e turística para esta peça da arquitetura
contemporânea do Porto e o anunciado regresso àquele espaço da sétima arte pela
reputada mão do histórico Cineclube do Porto.
Ah, e não queria
deixar de informar que o presidente da Câmara se manteve igual a si próprio até
ao fim, primando pela ausência e fazendo-se caladamente representar pelo chefe
de gabinete...
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