sábado, 12 de outubro de 2013

MACHETADAS

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)


O regresso de Chancerelle de Machete à vida governativa, de que estava afastado há quase vinte e oito anos, tem sido uma quase homérica odisseia. Embora invariavelmente contando com a incomensurável condescendência (ou será só falta de escrúpulos e ausência de sentido de Estado?) de Passos perante os sucessivos estragos provocados pelas suas intrépidas aventuras. Mas o homem não se enxerga e quando a dose de “incorreções factuais” veio pôr a nu a sua recorrência na mentira, primeiro apenas disfarçando aproveitamentos pessoais e depois envergonhando Portugal, teve a desfaçatez de ir ao Parlamento queixar-se de “assassinato político” – não será antes suicídio? Ouçamos, a propósito, a indignação do insuspeito António Lobo Xavier, no “Quadratura do Círculo” desta semana:

A coisa pior que se pode fazer num Governo, em situações como esta, é não ter autoridade moral, é manter pessoas que debilitam a autoridade moral de quem tem de impor sacrifícios , de quem tem de conduzir um processo de ajustamento. E não há dúvida – infelizmente o digo, com pena – o ministro Rui Machete entrou na zona da falta de credibilidade moral, e digo isto para dizer o menos. (...) Não é por causa da separação de poderes, é porque isso é falso; isso é falso e é uma declaração pública de um governante português falsa num Estado, seja Luanda ou seja outro qualquer. (...) É uma pessoa que está a diminuir drasticamente a credibilidade do Governo e isso faz imenso mal, não é ao Governo, é ao País inteiro é à política em geral.

Obviamente, nunca se demitirá!

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