segunda-feira, 28 de outubro de 2013

UM MANJERICO PARA LOU REED



Ontem morreu Lou Reed. Desnecessário acrescentar algo mais. Ou talvez apenas recordar três correlações entre o lendário “poeta do rock” e o Porto onde estamos.

Em 1980, com "Ar de Rock", um então jovem músico local (Rui Veloso) fazia história ao produzir aquele que é considerado como o primeiro álbum de rock português. Na sua faixa mais famosa, a ponto de ter gerado uma confusão entre o intérprete e o personagem evocado (Chico Fininho), o letrista Carlos Tê referia-se ao fundador da banda de culto “Velvet Underground” nestes termos: “Gingando pela rua, ao som do Lou Reed / Sempre na sua, sempre cheio de speed / Segue o seu caminho, com merda na algibeira / O Chico Fininho, o freak da Cantareira...”.

Em 1982, Lou Reed terá vivido tão intensamente a nossa noite sanjoanina que, na sua ressaca, foi levado a desmarcar um concerto agendado (e com lotação esgotada) para o Pavilhão do Infante de Sagres – aquando da “Porto 2001”, Carlos Tê trouxe-nos os detalhes, que conheceu ou ficcionou, num conto imperdível (em “Contos Supranumerários”) a que deu o nome que titula este post.

Em 2005, foi com um concerto de Lou Reed que foi inaugurada a nossa Casa da Música – uma escolha então controversa por motivos paroquiais, mas que o deixou definitivamente ligado a um dos grandes polos culturais e turísticos da Cidade.

Como tão bem exprimiu o cantor, guitarrista e compositor – mas também fotógrafo e realizador –, há dias perfeitos (just a perfect day) e outros que nem tanto assim...

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