quinta-feira, 24 de outubro de 2013

QUEM VAI VENCER DILMA?


Num Brasil à espera da Copa do Mundo, a coisa política está a aquecer a uma velocidade estonteante na preparação da eleição presidencial que se lhe seguirá. Tempos atrás, a dúvida parecia estar sobretudo em torno da opção entre uma reapresentação de Dilma ou uma cedência de Lula à tentação de uma reincidência. Mas Lula preferiu ficar-se apenas pela manutenção da sua enorme “magistratura de influência”, deixando a Dilma o trabalho árduo de uma luta eleitoral em condições crescentemente difíceis.

Já a definição do opositor de Dilma está ainda em fase de primárias, embora muito vivas. Do lado “tucano”, onde ainda paira a prestigiada sombra tutelar de Fernando Henrique Cardoso, tudo indicava que a vez seria de Aécio Neves (neto de Tancredo e ex-governador de Minas Gerais) mas José Serra (anteriormente derrotado por duas vezes) não desarma e até chegou a ameaçar com uma desfiliação do PSDB para se candidatar por outras cores partidárias – não faria mais sentido que Serra, fiel à sua própria retidão de princípios, abdicasse em favor de um candidato mais jovem e politicamente menos gasto?


Mas foi do lado daquela que se apresentava como melhor posicionada para enfrentar Dilma – a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula e terceira classificada em 2010, Marina Silva –, que ocorreu um verdadeiro golpe de teatro: Marina viu vetada judicialmente a criação da sua “Rede Sustentabilidade” e decidiu-se por uma adesão ao PSB do governador de Pernambuco Eduardo Campos (também ele ex-ministro, no caso da Ciência e Tecnologia, do PT e declarado candidato presidencial) “por legítima defesa da esperança” – porque “chega de PT x PSDB” e “só uma terceira força poderá mudar o país”.


À distância de “tanto mar” tenho alguma dificuldade em explicar rigorosamente os porquês, mas cada vez se me tende a tornar mais evidente que aquela búlgara Dilma não condiz com o Brasil brasileiro nem com os tempos que aí vêm para o país enfrentar...

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