Faço eco do espírito crítico
do meu colega de blogue quanto ao ambiente serôdio que se vai vivendo entre as
iluminárias do PS do Porto, tudo provocado pelo projeto de acordo de governação
municipal entre as hostes de Rui Moreira e do PS, que o paradoxalmente feliz discurso
de derrota de Pizarro na noite eleitoral já anunciava. O colega Freire de Sousa
tem bem mais razões de terreno para forjar essa crítica, pois viveu em concreto
a campanha de 2009 e aí compreendeu de que regras se alimenta toda aquela
tropa. Mas ao longo do tempo, bem mais afastado de todo estes processos, tenho
por vias indiretas alimentado essa mesma perceção, sempre com aquele meu infalível
critério (que me vale algum isolamento) que a gente desta não se abre a casa.
O que não consigo perceber como
é que o líder da distrital, José Luís Carneiro passa impune por tudo isto, como
se não fosse coresponsável pela ausência de limpeza higiénica que uma boa
liderança teria de proporcionar. JLC parece ser daqueles que a imprensa leva ao
colo, vá lá saber-se porquê (talvez saiba, mas não arrisco), transformando-se
em inimputável para os desmandos das hostes regionais socialistas.
Pode também perguntar-se por
que razão muito boa gente qualificada convive e coexiste com toda esta
mediocridade. Nesta matéria, distingo com nitidez os que sendo independentes assumem
galhardamente os seus compromissos de intervenção cívica e incluo neste grupo o
meu bom amigo Manuel Correia Fernandes. Outros há que coexistem e aguentam
porque estão já a salivar a entrada ganhadora do PS na governação e isso é
motivo suficiente para ouvir com atenção aleivosias ou outras parvoíces,
dando-lhes a entender que estão a dizer coisas inteligentes. O que muito boa
gente sofre para ser governo. Entretanto, a mediocridade local enraiza-se.
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