quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O RASTILHO MOREIRA



Faço eco do espírito crítico do meu colega de blogue quanto ao ambiente serôdio que se vai vivendo entre as iluminárias do PS do Porto, tudo provocado pelo projeto de acordo de governação municipal entre as hostes de Rui Moreira e do PS, que o paradoxalmente feliz discurso de derrota de Pizarro na noite eleitoral já anunciava. O colega Freire de Sousa tem bem mais razões de terreno para forjar essa crítica, pois viveu em concreto a campanha de 2009 e aí compreendeu de que regras se alimenta toda aquela tropa. Mas ao longo do tempo, bem mais afastado de todo estes processos, tenho por vias indiretas alimentado essa mesma perceção, sempre com aquele meu infalível critério (que me vale algum isolamento) que a gente desta não se abre a casa.
O que não consigo perceber como é que o líder da distrital, José Luís Carneiro passa impune por tudo isto, como se não fosse coresponsável pela ausência de limpeza higiénica que uma boa liderança teria de proporcionar. JLC parece ser daqueles que a imprensa leva ao colo, vá lá saber-se porquê (talvez saiba, mas não arrisco), transformando-se em inimputável para os desmandos das hostes regionais socialistas.
Pode também perguntar-se por que razão muito boa gente qualificada convive e coexiste com toda esta mediocridade. Nesta matéria, distingo com nitidez os que sendo independentes assumem galhardamente os seus compromissos de intervenção cívica e incluo neste grupo o meu bom amigo Manuel Correia Fernandes. Outros há que coexistem e aguentam porque estão já a salivar a entrada ganhadora do PS na governação e isso é motivo suficiente para ouvir com atenção aleivosias ou outras parvoíces, dando-lhes a entender que estão a dizer coisas inteligentes. O que muito boa gente sofre para ser governo. Entretanto, a mediocridade local enraiza-se.

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