O inenarrável
senhor Silva tem andado sobre o caladote, limitando a sua ação para-presidencial
a algumas incursões de cariz largamente apatetado em diversos terrenos
geográficos e setoriais.
Ontem, teve a
pretensão de vir responder a Mário Soares, do alto de uma autoproclamada
magnanimidade. Mentindo mais uma vez, ele que se diz ter sido um humilde
depositante e aplicador de poupanças no BPN e que assim quis voltar a omitir a
sua relação acionista privilegiada (que nunca minimamente esclareceu!) com a SLN
que controlava o dito banco e as significativas mais-valias que a mesma lhe
proporcionou (e, por tabela, à filha).
No seu
comentário da TVI24, Constança Cunha e Sá disse quase tudo ao sublinhar que a
única coisa no País que incomoda o Presidente da República é ele próprio, que
foi desprestigiante a atuação deste nos últimos dois anos em que se transformou
em chefe de uma maioria, que “tomara ele ter o papel que o doutor Soares teve
na vida política portuguesa” e que “[Soares] disse de uma forma desabrida o que
muitos gostariam de dizer e não ouvi ninguém desmenti-lo”. Concluindo, com
inteiro acerto: “Acho que Cavaco Silva tem tudo menos condições para dar lições
de democracia, e de importância, e de prestígio, ao doutor Soares”...
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