quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O EQUILIBRISMO DE PORTAS



Ainda não li integralmente o PDF de 112 páginas do pretenso guião para a reforma do Estado que solenemente Paulo Portas apresentou hoje ao princípio da noite. Mas entre algumas ideias dispersas que fui apanhando, entre as quais alguns minutos da apresentação do próprio Portas, tendo a construir a ideia de que, mais do que a apresentação de uma proposta para a reforma do Estado, o vice-primeiro Ministro tentou apresentar um documento que lhe permita passar a salvo por entre os pingos da chuva que ele próprio ajudou a formar. Nada se sabe sobre se o documento representa o Governo ou se é apenas um testemunho para a posteridade do próprio Portas sem traduzir qualquer compromisso no seio da própria maioria.
E o mais paradoxal é que, reconhecendo a relevância do tema e não estando preso a qualquer preceito ideológico para não o discutir, as condições em que ele é apresentado e sobretudo o que o precede em termos da mais completa ausência de rumo levam-me a pensar que a oportunidade está perdida.

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