Dias atrás, o “Diário Económico” tinha em primeira página a notícia acima, a qual remetia para uma explicação mais circunstanciada na terceira página. Onde se lia que o maior acionista da EDP – os chineses da “China Three Gorges” – procura apoio de outros acionistas para reduzir elementos do órgão presidido por Eduardo Catroga – o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) – e defende mudança do modelo de governance para incluir chineses na gestão. Note-se de passagem que um aspeto facilitador da eventual concretização da dita redução está em os estatutos apenas estipularem um número mínimo de nove elementos no CGS, embora com obrigatória maioria de elementos independentes.
As razões subjacentes seriam as óbvias: reduzir custos com os órgãos sociais, por um lado, e aumentar a sua influência executiva, por outro. Mas há também por aí quem afirme que aquela vontade de redução do número de membros do CGS a partir de 2015 resulta de uma fina análise custo-benefício realizada pelos chineses, da qual terão concluído por uma muito mais limitada necessidade de exercício de lóbi político do que aquela que lhes teria sido vendida como necessária (os portugueses são dóceis e os corredores acessíveis) e, simultaneamente, por terem sido escassos o envolvimento ou a participação ou a influência de muitos conselheiros que haviam sido conduzidos a convidar imediatamente após a privatização.
Conhecida a atual composição do CGS (ver esquema abaixo) e a presença no seu seio de tantos experimentados gestores e especialistas em matérias energéticas (com um especial e merecido destaque para figurões do calibre de Braga de Macedo e Celeste Cardona, embora sem qualquer menosprezo para com alguns outros parceiros encartados), adivinha-se cerrada a disputa pela permanência em tão honorífico lugar…
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