quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

MOU IS BACK



Por circunstâncias algo casuísticas vi esta semana o Manchester City – Chelsea e não me arrependi, sobretudo por reencontrar o sentido estratégico de jogo defensivo organizado que tanto me interessa no futebol protagonizado pela arte de dispor peças no campo e de as orientar na sua movimentação incessante.
Sempre achei que o sentido estratégico de Mourinho se concretiza em pleno quando parte de uma inferioridade ditada pela desigualdade de forças. Neste caso, o Chelsea de hoje não pode aspirar a um poderio atacante tão continuado como o do City. Por isso, o sagaz Mou preparou uma estratégia da aranha, que me fez lembrar a célebre vitória do Inter em Camp Nou. A máquina atacante do City, ainda que sem Aguero, teve poucos milímetros de liberdade e aguentou durante todo o jogo uma pressão de aranhiço que não deu às estrelas do City, imaginativas como Navas ou David Silva quaisquer oportunidades que se visse para concretizar a máquina de fazer golos que esta época o City tem apresentado. Também por isto se percebe a marca deixada por Mourinho em Itália e a forma como a inteligência tática dos italianos compreendeu esse modelo de jogo.
Mou is back, preparando uma equipa para uma presença competitiva continuada.
E não pude deixar de notar que a presença, entre as hostes do Chelsea, de Ramirez, David Luís e do mais recente Matic (que grande jogo) me fizeram lembrar que o SLB está transformado num entreposto de circulação de jogadores, que alguém está a ganhar dinheiro que baste e que não sou eu para meu infortúnio.

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