Por circunstâncias algo casuísticas vi esta
semana o Manchester City – Chelsea e não me arrependi, sobretudo por
reencontrar o sentido estratégico de jogo defensivo organizado que tanto me
interessa no futebol protagonizado pela arte de dispor peças no campo e de as
orientar na sua movimentação incessante.
Sempre achei que o sentido estratégico de
Mourinho se concretiza em pleno quando parte de uma inferioridade ditada pela
desigualdade de forças. Neste caso, o Chelsea de hoje não pode aspirar a um
poderio atacante tão continuado como o do City. Por isso, o sagaz Mou preparou
uma estratégia da aranha, que me fez lembrar a célebre vitória do Inter em Camp
Nou. A máquina atacante do City, ainda que sem Aguero, teve poucos milímetros de
liberdade e aguentou durante todo o jogo uma pressão de aranhiço que não deu às
estrelas do City, imaginativas como Navas ou David Silva quaisquer
oportunidades que se visse para concretizar a máquina de fazer golos que esta época
o City tem apresentado. Também por isto se percebe a marca deixada por Mourinho
em Itália e a forma como a inteligência tática dos italianos compreendeu esse
modelo de jogo.
Mou is back,
preparando uma equipa para uma presença competitiva continuada.
E não pude deixar de notar que a presença, entre
as hostes do Chelsea, de Ramirez, David Luís e do mais recente Matic (que
grande jogo) me fizeram lembrar que o SLB está transformado num entreposto de
circulação de jogadores, que alguém está a ganhar dinheiro que baste e que não
sou eu para meu infortúnio.
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