sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

GENTE QUE (NÃO) SE ENXERGA


O deputado Miguel Frasquilho passa boa parte do seu tempo a correr de estúdio para estúdio, de câmara para câmara, de foco para foco, mas o episódio que protagonizou ontem – primeiro falando à comunicação social em nome do PSD numa preferência que manifestara aos troikos por uma saída com cautelar e pouco depois vindo corrigir essas declarações notoriamente a mando e com o rabo entre as pernas – veio mostrar quão tristemente recomendável é a verticalidade de caráter que tem para exibir. Já me tinha apercebido que a criatura dança conforme a música – foi vê-lo no “Eixo do Mal” ou na “Quadratura do Círculo”, em manifesto contraste com outros programas de debate em que se sente mais senhor de si e até capaz de falar grosso! – mas não pensava que chegasse ao ponto de se transformar num boneco articulado manipulável por cordéis mal disfarçados por aventais ocultos. É, de facto, preciso “engolir sapos, elefantes e muito mais” para ganhar a vidinha na política à portuguesa!

Sem comentários:

Enviar um comentário